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Automação

A água e as pedras da Automação Comercial

Marcelo Martinez

Publicado em 09/03/2015 às 10:29


A proliferação recente da cobertura da mídia a respeito da possibilidade imediata de falta de água e de energia vem provocando um processo de reflexão e engajamento da sociedade no assunto. Reuso e redução não são conceitos usados apenas por ecologistas, mas por aqueles que se preocupam com a perenidade dos recursos disponíveis. Paralelamente, o debate sobre a responsabilidade das empresas adquire novas perspectivas em todo o mundo, com discussões sobre a importância da inclusão dessa dimensão na estratégia das organizações. Superado esse ponto, surge então a pergunta que o leitor deve estar se fazendo e que tentarei explicar adiante: o que a automação comercial tem a ver com tudo isso?



Apesar de ainda existir a falta de alguns esclarecimentos em relação à Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) e ao Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos (SAT-CF-e), essas novas tecnologias fiscais entrarão em vigência no decorrer deste ano pelo Brasil. Essas soluções, todas bastante discutidas, testadas e uma parte inclusive regulamentada em alguns estados, possuem diferenças entre si, mas o ponto comum é que ambas trazem inúmeras novas possibilidades de relacionamento e otimização do ponto de venda (PDV), as quais, apesar de bastante comuns e utilizadas ao redor do mundo, sempre foram inviabilizadas em nosso país com a obrigatoriedade do uso do Emissor de Cupom Fiscal (ECF), uma tecnologia voltada predominantemente para emissão e guarda do documento fiscal.



As novas regulamentações, além da simplificação de obrigações acessórias como lacre físico e cessação, permitirão a flexibilidade dos recursos utilizados no varejo, como o uso de dispositivos móveis, a venda assistida, a possibilidade de expansão de PDV, entre outras. No caso da NFC-e, cujo embasamento está no software e não no hardware, ainda existe a economia com o modelo de impressora e o papel, podendo o contribuinte utilizar a impressão resumida ou até mesmo enviar o documento fiscal por meio de mensagem eletrônica.



 



Voltando para a falta de água, é muito provável que alguns consumidores tenham mudado nos últimos dias seu comportamento de consumo. Perceber este movimento antes do concorrente permitirá ao lojista regular estoques e criar campanhas dirigidas para gerar novas vendas. As novas tecnologias fiscais sobre as quais comentamos, possibilitam a integração do PDV com soluções de relacionamento com o cliente (CRM), permitindo mapear e compreender o mercado, prever suas carências e posicionar seus esforços para atendê-las. Além disso, com as informações coletadas no momento da compra, podem-se criar ações de fidelidade para determinado cliente com base em históricos, ou mesmo, instantaneamente, gerar promoções dirigidas, como descontos em produtos similares.



É comum em processos de inovação que a tranquilidade surja no momento em que reconhecemos o passado. No caso de automação comercial, pode-se falar em evolução ou em uma nova era. O certo é que sempre haverá a necessidade dos lojistas em ter parceiros capazes de ofertar soluções que tragam maior produtividade ao seu negócio. As mudanças que acontecerão com as novas tecnologias movimentarão uma cadeia inteira de negócios, e nestes processos vale a pena entender quais novas perspectivas de negócios aparecerão, não se limitando apenas a exigência legal, mas às oportunidades que existem e que podem trazer novas receitas, recorrentes ou não.  Como disse Friedrich Nietzsche, o segredo para se andar sobre as águas é saber onde estão as pedras. Em tempo, aproveitem a crise hídrica para enxergar as melhores pedras.



 



Boas vendas!