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Negociação

Devemos usar os gatilhos mentais no nosso dia a dia, com bastante verdade, respeito e responsabilidade.

Marcel Spadoto

Publicado em 09/11/2018 às 13:33


Negociação | Marcel Spadoto | colunistas@partnersales.com.br



Nós tomamos milhares de decisões todos os dias, e cada vez mais tomaremos decisões, pois somos muito acionados por muitos meios, mas a maioria delas são simples ou de baixo risco.



Alguns fatores nos ajudam a tomar as decisões, tais como: nossa experiência, nosso conhecimento, quem nos assessora, etc.



Algo que irá colaborar com o processo de decisão é o nível da nossa confiança, o quanto estamos convictos que estamos tomando a melhor decisão.



Ao estudar técnicas de vendas, persuasão e negociação, você irá ouvir sobre os gatilhos mentais. Normalmente são apresentados como ferramentas importantes e infalíveis, aparecem muito fortemente no meio digital, mas são usados em propaganda de forma geral e na fala de vendedores experientes. Todos nós usamos gatilhos mentais, na maioria das vezes inconscientemente.



O psicólogo Daniel Kahneman explica que existem dois sistemas de tomada de decisão. O primeiro sistema é rápido, automático e subconsciente. Ele é afetado pela emoção, pré-conceitos e outros comportamentos pouco racionais. Por outro lado, o segundo sistema é devagar, lógico e calculista. Pondera os diferentes cenários.



Pensar é algo que demanda muito esforço. Por causa disso, o cérebro adota “atalhos” na hora de fazer algumas escolhas. Esses atalhos são chamados heurísticas, e envolvem o focar em apenas um aspecto de um problema complexo, ignorando todos os outros.



O uso de gatilhos mentais pode servir para quase tudo, para nos relacionar, para buscar uma nova oportunidade etc. Vou focar em experiências do dia a dia, envolvendo as compras e vendas que realizamos, usando alguns exemplos.



Gatilho da Escassez:



Quantas vezes fomos atraídos por esse gatilho, o vendedor ou a propaganda nos diz que só tem poucas peças no estoque, que o próximo lote vai demorar muitas semanas para chegar, ou é a última unidade de apartamento de um determinado prédio, isso vai ativar a necessidade de comprar, mais do que se houvesse abundância de oferta.



Gatilho da Urgência:



Ao receber a informação que uma determinada promoção termina hoje, ou que a compra antecipada nos dará um bom desconto e/ou uma condição diferenciada, temos ativado o gatilho.



Gatilho da Autoridade:



Quando alguém que respeitamos nos solicita algo, estamos inclinados a fazer, mais do que um estranho. Um policial ou um médico devidamente trajados/fardados, nos passam a ideia de autoridade. Quando respeitamos o vendedor, temos confiança no que ele diz, e isso vai facilitar o processo de compras.



Para cada emoção podemos ter um gatilho mental associado.



Muitas empresas usam fortemente os gatilhos mentais, um exemplo de conhecimento de quase todos é o da Polishop, que os usa em suas propagandas. Ao assistir os programas da Polishop ficamos com muita vontade de comprar os produtos, não é só pela qualidade e preço, mas por conta do uso dos gatilhos, na maioria das vezes associados.



Devemos usar os gatilhos mentais no nosso dia a dia, com bastante verdade, respeito e responsabilidade.



Bons negócios.