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Opinião

Educação das gerações Alfa e Z exige vivência em Edge Computing e 5G

David Dedinsky

Publicado em 14/10/2019 às 15:36

 
Estamos no limiar de um grande salto educacional e cultural. Em escolas de todo o mundo, os data centers centrais (no coração da nuvem) estão sendo substituidos por redes distribuídas que levam a computação para mais perto de alunos, professores e gestores. A meta é entregar poder de processamento em diferentes prédios escolares e salas de aula, quer estejam localizadas em grandes centros urbanos, quer operem em regiões menos digitalizadas. 
 
Quando mais eficaz a unidade escolar, maior será a preocupação com a infraestrutura de TI e de Telecomunicações que suportará as mais inovadoras e criativas atividades educacionais. O Edge Computing não é um conceito vago para as melhores escolas: gabinetes de TI e racks de um servidor já estão ali, em plena operação. 
 
A adesão do setor educacional ao Edge inclui o uso de inovações tecnológicas que garantam maiores disponibilidade, conectividade e eficiência. Ganha-se, também, ao reduzir as necessidades de manutenção e custos operacionais. E, quanto mais o modelo do Edge Computing fica disseminado, menor o custo de capital para adotar essa tecnologia.   
 
Há, inclusive, opções de financiamento para a aquisição de soluções de Edge Computing. Isso é verdade também no Brasil.  
 
Esses são sinais encorajadores para gestores escolares com fome de tecnologia, mas com restrições de custos.
 
As escolas vivem, como todas as áreas da economia, o dilema de manter uma infraestrutura de TI atualizada. Isso é crítico hoje e será ainda mais crítico quando as redes 5G se tornarem uma realidade. 
 
Com sua farta largura de banda e baixa latência, o 5G possibilitará e acelerará o uso de tecnologias e aplicações avançadas. Acima de tudo, o 5G influenciará o comportamento e as expectativas dos estudantes. Isso é ainda mais importante para os alunos da geração Alfa (as crianças nascidas a partir de 2010), absolutamente imersos em tecnologia e viciados em celulares, e para a geração Z ou Centennial (pessoas nascidas entre 1995 e 2010). 
 
Os professores já estão aproveitando os dispositivos móveis dos alunos para uma melhor comunicação com seu público-alvo e gestão de projetos, bem como para pesquisas interativas e jogos educacionais.
 
Conforme o 5G torne esse tipo de atividade mais popular, as escolas e os educadores serão forçados a acompanhar essa tendência, ou ver seus alunos ficarem para trás. Nesse contexto, a capacidade de se atualizar exige que se começe a caminhar em direção à mudança agora. De acordo com recente pesquisa da Vertiv e a 451 Research, 86% dos tomadores de decisão das empresas de Telecom esperam entregar serviços 5G até 2021.
 
Um dado da pesquisa Data Center 2025 tem forte impacto sobre a educação básica.
 
Apenas 56% dos profissionais que responderam à essa pesquisa acreditam que estarão trabalhando na indústria em 2025. Nos Estados Unidos, 33% esperam estar aposentados até lá. 
 
Essa é uma perda de talentos significativa, mas também uma oportunidade para a próxima geração de profissionais de TI. A esperança é que as escolas estejam proporcionando o treinamento em TI e o incentivo necessário não apenas para preencher essa lacuna, mas, também, para injetar futuros líderes na economia digital. Estou falando dos alunos que estão na escola agora e, daqui a alguns anos, poderão avançar em sua carreira graças à experiência digital suportada pelo Edge Computing, ainda em seu ambiente escolar. 
 
Isso só acontecerá se as escolas entrarem na rota da mudança agora. 
 
Aulas dedicadas a TI e Telecomunicações devem ser uma parte importante de qualquer curriculum moderno, mas não se deve parar por aí. O gestor educacional deve buscar oportunidades para incentivar as atividades de TI de forma a construir proficiência em computação ao longo de toda a grade de matérias de um estudante. Qualquer que seja a disciplina em pauta, é possível enriquecer seu estudo com o uso das mais avançadas tecnologias de TIC do mercado. 
 
Além das habilidades específicas de TI, é fundamental seguir investindo em habilidades relacionadas ao pensamento crítico e à resolução de problemas.
 
Ao redor do mundo existem iniciativas para aumentar o acesso à vida digital de mulheres e minorias. As inovações que vêm pela frente são de tal monta que a educação para esse novo mundo irá determinar quem está dentro e quem está fora das oportunidades profissionais. 
 
Esse alinhamento com o novo pode ser difícil, especialmente para professores e gestores mais antigos, que talvez se sintam menos confortáveis com algumas tecnologias. Cabe ao líder da organização educacional aceitar essa realidade e criar oportunidades de aprendizado também para seus colaboradores. As recompensas dessa profunda mudança no ecossistema educacional valerão esse esforço.
 
Neste contexto, é importante que educadores incluam a tecnologia em sua lista de prioridades. É uma ótima maneira de engajar alunos – em sua maioria, crianças apaixonadas pelo mundo digital – e torná-los mais competitivos. Os profissionais de TI do setor do ensino fundamental, por outro lado, só têm a ganhar ao trocar ideias com experts da indústria de TI e infraestrutura sobre a maneira mais eficaz e mais econômica de migrar para tecnologias inovadoras. A organização educacional que conseguir avançar nessas frentes ganhará diferenciais competitivos e formará pessoas preparadas para o novo.