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Planejamento Estratégico

Gestão baseada em valor

Moises Bagagi

Publicado em 11/12/2017 às 12:11


Planejar é preciso, pois ajuda a ter clareza de objetivos e determinar os caminhos a serem seguidos. É o mapa do tesouro da empresa. Logo, quem trilha seus caminhos com afinco, estará fatalmente um passo a frente dos seus concorrentes.



 



Mas o planejamento garante o lucro? Planejamento agrega valor? O tempo que se gasta planejando não poderia ser melhor alocado em outras atividades?



Planejamento não garante lucro. Aliás, não garante o sucesso de qualquer empreitada. Porém, sem planejamento não se tem claro os objetivos a serem alcançados, as metas a serem cumpridas e muito menos  quais caminhos seguir.



 



Planejamento agrega valor ao negócio, uma vez que com a definição de objetivos e metas, as alternativas alcançam o que foi estabelecido e elas são postas em evidência e se escolhe a que melhor traduz a eficiência operacional e financeira  do negócio, sempre pensando em curto e longo prazo.



Finalmente, entende-se que o tempo utilizado em fazer planejamento não é perdido, desde que as premissas sejam bem estabelecidas, o plano seja construído de maneira adequada à realidade da empresa (inclui o mercado, situação econômica e política e os objetivos a serem alcançados) e seja de fato posto em execução. Contudo, é fundamental que o planejamento seja uma ferramenta do gestor ou empreendedor, independentemente do tipo de negocio  ou do seu tamanho. Se o planejamento não for bem feito e aplicado, realmente é melhor utilizar o tempo fazendo outras coisas.



 



Mas quando pensamos em valor, não podemos dissociar a ideia do planejamento. A gestão baseada em valor requer muito planejamento, principalmente a longo prazo. A gestão baseada em valor parte do pressuposto que a empresa irá abrir mão de altas margens de lucros no presente para adquirir know how e capilaridade no mercado, para que seus acionistas possam ganhar muito mais dinheiro no futuro. A remuneração se dá baseada em participações societárias, onde o paradigma dos ganhos presentes abre espaço para os ganhos futuros. Assim, os gestores estarão focados em fazer a empresa crescer e agregar valor às suas ações, onde terão prêmio muito maior a longo prazo.



Não trata-se da pregação de operações sem lucros, mas sim de operações enxutas, voltadas à inovação e que no curto prazo, expande-se no mercado e seus resultados são suficientes para mantê-la em condições de competir. A riqueza não virá hoje, mas, virá amanhã.



Basta olhar o caso da Amazon, onde seu fundador estava mais preocupado em agregar valor do que ter lucros exorbitantes. Com foco na inovação e nos desejos dos seus clientes, uma empresa que “nada produz” hoje está entre as cinco companhias mais valiosas do mundo, e seu fundador – junto de seus sócios/gestores – estão entre os mais ricos do planeta. Tudo isso apoiado em um planejamento simples, mas focado no longo prazo e que foi posto em execução a risca.



Portanto, planejar é preciso. Fuja da miopia de ganhos no curto prazo. O mercado está sedento por inovações e querendo comprar de quem agrega valor. Se ainda essa semente não foi plantada na sua empresa, é hora de revisar com urgência sua operação e gestão. O mercado não tolera amadores.