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Opinião

Imediatismo na gestão de negócios: quando as empresas vão se profissionalizar?

Publicado em 16/08/2012 às 09:05


Marcos Assi é diretor e consultor da Dayrus



Quando somos contratados pelas empresas para desenvolver qualquer atividade, seja em controles internos, compliance, gestão de riscos, controladoria, financeiro, segurança da informação, entre outras atividades de suma importância, acredito que devemos alinhar melhor as expectativas dos gestores, sócios e partes interessadas, para que possamos finalizar os trabalhos, pois muitos gestores agem com a emoção e deixam a razão de lado.



A ausência de informação e comunicação nas organizações ainda é um dos maiores problemas que enfrentamos todos os dias. Por este motivo, devemos então entender, argumentar e alinhar melhor o fluxo das informações, pois os gestores tem o hábito de se comunicar com os gestores das áreas individualmente, e se nós não buscarmos um melhor alinhamento, sempre ficará para alguns a culpa pelo o insucesso.



O sétimo componente do COSO  - modelo de melhores práticas de controles internos -, informação e comunicação, apresenta a seguinte redação: "A informação relevante será identificada, capturada e divulgada de maneira padronizada, e em tempo hábil, para possibilitar às pessoas o cumprimento de sua responsabilidade. A efetiva comunicação também ocorre em amplo sentido, abrangendo todos os setores da organização. A transmissão de notícias relevantes é o fator primordial em uma organização moderna, que deseja atingir seus objetivos com relativo sucesso. Para tanto, uma estrutura de transmissão de informações e conhecimento deve ser criada e desenvolvida para conduzir as pessoas ao caminho da realização dos objetivos da organização".



As prioridades devem ser definidas no início, e mesmo documentadas, não é garantia que serem reconhecidos no futuro, pois sempre existe alguma coisa que não é prioridade, mas quando a "chapa" esquenta, alguém será cobrado e responsabilizado pelo fracasso.



Todos os processos de construção de processos, áreas ou departamentos, desenvolvimento e instalação de sistemas, aquisição de sistemas e consultorias, contratação de equipes, desenvolvimento de empresas, constituição de políticas de controles contábeis, internos, riscos, segurança da informação, continuidade dos negócios, gestão de TI, enfim, todos estão sujeitos a ausência de profissionalismo de nossos gestores, que agem por emoção.



Vou usar um exemplo bem atual. Em fevereiro de 2011, o Corinthians foi eliminado na pré-Libertadores pelo Tolima, motivos emocionais poderiam demitir o técnico Tite, mas a diretoria manteve o treinador, estruturou e reforçou o time, e o Corinthians foi campeão do Campeonato Brasileiro de 2011 e da Taça Libertadores da América de 2012 com o mesmo treinador. Portanto, não conseguimos implementar uma gestão de negócios efetiva da noite para o dia, necessitamos de tempo, suporte e parceria da alta administração para ter sucesso em todos os projetos.



Profissionalismo tem que ser de todos na organização. Afinal, quem executa necessita de muita informação e parcerias com a alta administração, para que o planejamento estratégico possa ser realmente realizado. Ou seja, o imediatismo na gestão dos negócios deve ser repensado, e a pergunta fica: quando as empresas vão se profissionalizar? Pense nisso.