Acabo de assistir um vídeo no YouTube que gostaria de compartilhar com vocês o que vi para promover uma reflexão sobre o que estamos fazendo nas nossas empresas com o tema de ferramentas motivacionais.

Vamos falar de ações de incentivo: se na sua empresa você oferecesse uma recompensa, conseguirá mais do que você quer?

Há um estudo feito no MIT (Massachussets Institute of Technology) muito interessante. Eles pegaram um grupo de estudantes e fizeram uma série de atividades com eles, como montar quebra-cabeças, fazer palavras cruzadas e algo parecido como encestar bolas. Premiaram da seguinte forma: se você se saísse bem, ganharia uma pequena quantidade em dinheiro; se você se saísse muito bem, ganharia uma quantia razoável; agora se você fosse um dos melhores, ganharia uma grande quantia em dinheiro. Familiar não? Algo muito parecido ao nosso mundo corporativo e suas ferramentas motivacionais: premiamos os melhores, ignoramos os piores e os medianos ganham alguma coisinha...

Quais foram as conclusões do estudo?

Se a tarefa envolvesse apenas habilidades mecânicas, a premiação funcionou como o esperado. Quanto mais se paga, melhor o resultado. Quando a tarefa envolve atividades cognitivas, mesmo as mais básicas, altas premiações levam a um desempenho fraco. E quem disse isso foram economistas do MIT!

A experiência foi repetida com diversos outros grupos e a conclusão foi sempre a mesma!

Fato: dinheiro é um motivador no trabalho, mas de uma forma estranha; se você não pagar o suficiente pessoas não ficarão motivadas, o que nos leva a outro paradoxo: a melhor maneira de usar o dinheiro como agente motivador: pagar o suficiente para que dinheiro não seja uma preocupação. Estando isto resolvido, chegamos aos fatores que melhoram o desempenho e a satisfação pessoal: Autonomia, Domínio e Propósito.

 Autonomia é a vontade de conduzir a própria vida. Hoje em dia os ensinamentos de administração ignoram isto. Administração funciona quando queremos obediência, mas quando precisamos engajamento, autonomia é melhor.

 Para falar sobre Domínio, antes vamos definí-lo: trata-se da vontade de se tornar melhor em algo. Este é o motivo porque pessoas se aperfeiçoam em tocarem um instrumento durante os finais de semana. Mesmo sem ganhar fama ou dinheiro, elas vão em frente, pelo simples fato de se divertir! Porque vão ficar melhores e isto as satisfazem! E muitos outros casos passam por isto: o Wikipedia é outro exemplo, onde pessoas fazem algo não por uma remuneração, mas por um propósito.

 O ponto principal é que quando o lucro vem antes, ou quando está distante do propósito, as pessoas não fazem grandes coisas. Muitas empresas estão buscando uma maior aproximação entre estes dois pontos. Elas prosperam por conta de um propósito! Vejam o exemplo do Skype: o objetivo deles é ser algo disruptivo mas para termos um mundo melhor!

Este é o tipo de coisa que faz as pessoas acordarem cedo e irem com vontade ao trabalho! Somos maximizadores de propósito e não apenas maximizadores de lucro!

Pensem a respeito!


Aventuras de um consumidor não tão misterioso


Estive neste último final de semana com minha esposa trocando seu celular em uma destas lojas de operadoras existentes nos shopping centers paulistanos.

Na loja havia pouco mais de 5 atendentes. O ar condicionado não funcionava a contento. Havia uma lista de espera e não havia local para sentarmos; também não era recomendado que saíssemos da loja porque outro poderia passar na nossa frente.

Depois de esperar mais de 30 minutos fomos atendidos. A atendente, muito prestativa, tentava nos ajudar. Mas o ambiente não ajudava!

Me senti naqueles momentos antigos onde as estatais prevaleciam! Voltamos a ser um número! Em planos de saúde, em empresas de TV a cabo e em operadoras de telefonia celular!

Fico pensando se não está na hora de criar segmentos dentro destas empresas, tal como em bancos ou em programas de fidelidade de companhias aéreas, e olhar seus clientes com outros olhos...