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Programa de Canal

Inspirar, Transpirar e Inspirar

Silas Santos

Publicado em 09/12/2016 às 10:53


Não acredito! Eu mal comecei minha “promissora” carreira de escritor, como alguns colegas próximos estão me chamando, e vou ter que enfrentar um mal que todo escritor, bom ou ruim, passou?! O famoso “deu branco”?! Pasmem! E agora, o que fazer? Onde buscar inspiração? Difícil! E olha que eu acabo de voltar de um fim de semana no meio do mato, em um sítio no interior de São Paulo. Isso para alguns poderia ter sido um ótimo estimulante cerebral ou potencializador de ideias, mas no meu caso não funcionou. Não que eu tivesse ido para com esse propósito, de me inspirar. Fui a um compromisso social, de livre e espontânea vontade! (...)



 



(...) E o lugar era bonito, muito agradável, daqueles que vontade de ficar mais tempo. Confesso que fiquei um pouco frustrado porque não deu para ver as estrelas do céu, objetos cada vez mais raros das cidades grandes, porque choveu todo o tempo, mas eu gostei! Estava com amigos, com minha família. Mesmo assim, quando volto para casa, estou sem inspiração. Mesmo assim, me sentei e comecei a escrever isso que vocês acabaram de ler, até aqui, apenas pelo exercício de escrever alguma coisa, para “aquecer” o cérebro e tentar “pegar no tranco”. Juro que era para esquentar, e depois eu iria apagar e começar a escrever “de verdade”.



 



Mas esse “branco” me fez lembrar de quantas vezes no meu trabalho de “garoto de programa”, como me chamavam as vezes, mas que melhor defino como “desenvolvedor de parceiros”, eu tive que começar a fazer alguma tarefa ou projeto pela urgência, pela necessidade ou por simples responsabilidade, mas sem inspiração, e no final, conseguir ver um ótimo resultado daquilo que comecei a fazer sem saber direito por onde. Essa minha recente desnutrição literária serviu para trazer à tona um dilema nada inédito, nada exclusivo meu, mas de muitos profissionais do mercado, que é saber de onde tiramos forças para fazer o que fazemos, cada vez mais, cada vez melhor? E para os mais ácidos: “com cada vez menos!”.



 



Mas sem voltas e voltas, já estrago a surpresa desse enigma com uma célebre frase de um grande inventor e pensador, Thomas Edison, que nos ajuda a esclarecer que “talento é 1% inspiração e 99% transpiração”.



 



De cara, a grande maioria vai concordar com ele, pelo tanto que transpiramos, ou “suamos a camisa”, para conseguir chegar nos objetivos que são estabelecidos. Mas eu posso enxergar com clareza que o fato do “gênio da lâmpada” elétrica ter condicionado boa parte do resultado daquilo que fazemos na transpiração não o fez ignorar ou desprezar que todo processo criativo-produtivo comece, ou deva ser estimulado, pela inspiração. A inspiração será como a pequena faísca que vai acender todo o combustível interno que temos em nós. Mas a carência, ou total ausência, desse mísero 1% de inspiração torna a transpiração mais dolorosa, morosa e desgostosa. Sem dúvida, é nosso papel transpirarmos, sem hesitação, sem cansaço, com fé em nós mesmos, usando como ferramentas os conhecimentos que acumulamos e experiências que vivemos no ambiente corporativo, mas tudo isso inserido em um ambiente inspirador e inovador torna tudo mais motivador, intrínseco e promissor. É a inspiração que nos move a transpirar, por horas se for preciso; mas sem inspiração, essa transpiração se torna obrigação.



 



É fato que empresas e líderes que inspiram seus colaboradores conseguem muito mais êxito; são as que se mantém vivas e ativas por anos. Isso é objeto de várias pesquisas e já se tornou tema de palestras e livros de sucesso. Então porque ainda hoje boa parcela dos profissionais não consegue encontrar inspiração no ambiente de trabalho? Até aqui, como colunista, mostrei alguns exemplos de como podemos transpirar um programa de canais melhor: com alinhamento estratégico, cumprindo com excelência o que prometemos e tendo o controle das coisas que fazemos; mas isso ainda não é suficiente para inspirarmos uma ótima parceria de negócios. Qual é a inspiração dessa parceria? Não é apenas seguir um modelo de negócios e fazer igual todo mundo faz, mas ter o objetivo de inspirar a evolução, através do estreitamento de relações duradouras e mutuamente proveitosas. Deu branco de novo? Inspire-se primeiro e depois transpire, e não esqueça de inspirar alguém!