“Um dos testes de liderança é a habilidade de reconhecer um problema antes que ele se torne uma emergência.” Arnold Glasgow

Tive a oportunidade de realizar algumas visitas em empresas de TI nas últimas semanas. Passado o ano novo e o carnaval, 2013 inicia sua trajetória a todo vapor.

Votos renovados de reestruturação empresarial tomam seu curso, iniciativas de desenvolvimento de pessoas vão retornando e projetos de pesquisa e inovação em tecnologia também possuem sua continuidade e ganham força. Percebi também as tentativas e até alguns resultados concretos na cultura organizacional e na elaboração do planejamento estratégico, as nuances necessárias e ações práticas, com prazos delimitados, sobre desenvolvimento sustentável.

Vivemos, de fato, num tempo único em relação ao tema. Coca-Cola, em suas práticas, já possui retorno de 20% de lucro sobre iniciativas de economia de energia.

Gigantes na área de tecnologia, por outro lado,  para lembrar aqui de alguns exemplos concretos, como a HP, já falavam e criaram condições de ações sustentáveis há muitos anos, ou seja, a iniciativa e a pró-atividade das lideranças neste novo rumo de consciência planetária já estava em andamento muito anos antes desta nova ´onda de mercado’.

Se é que é possível oferecer aqui algumas dicas para um novo norte em sua empresa de TI sobre práticas sustentáveis (e independente do tamanho, porte e faturamento da mesma, é claro) aqui vão elas. Serão apenas três mas que sinceramente espero que colaborem com seus negócios de tecnologia ou então que sejam para anexar aos seus projetos de investimento para organizações de TI hoje e nos próximos anos.

• A Sustentabilidade deve ser vista e compreendida pelas lideranças como um novo sistema de crenças empresariais que veio para ficar, e não como algo conveniente, apenas para atender os anseios de uma nova massa de consumidores, ´desejosos´ que a sua organização assim o faça. Mesmo em tempos de crise, as ações de empresas de TI que ´conscientemente´ possuíam ações ´verdes´ não caíram tanto quanto as demais companhias.

• Frases típicas de resistências à implementação de programas de desenvolvimento sustentável são comuns:  ´é custo´, ´não tem dinheiro agora´, ´não temos pessoal capacitado´...a Motorola enfrentou este conjunto de questionamentos e se saiu muito bem, com expressivos aumentos de receitas após a implementação de programas conscientes;

• Não envolver a cadeia de fornecedores no jogo da sustentabilidade, deduzindo que ´isto não nos interessa, não está no nosso negócio´  deve ser refletido pelas lideranças. Afinal, se a sua empresa produz software de alto nível, ela tem poder de compra e pode muito bem impactar a cadeia geral de seus fornecedores e parceiros, com impactos diretos e indiretos em sua imagem perante a sociedade.

As possibilidades são inúmeras e os resultados favoráveis. Porque não começar já? Porque esperar seu concorrente assim o fazer? E, no final das contas – e esta é uma grande pergunta, mas a resposta só pode vir de você – o que existe na cultura de suas lideranças que ainda não começaram a construir um novo mundo?