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Automação

O AVANÇO DA TECNOLOGIA EM EMPRESAS FAMILIARES

Marcelo Martinez

Publicado em 08/09/2016 às 09:36


As empresas familiares fazem parte do cenário econômico em todo o mundo e sua importância para a geração de emprego e renda é inegável. De acordo com pesquisa do Sebrae, 90% das empresas brasileiras são familiares e responsáveis por 62% do PIB e 60% dos empregos formais. Quando se analisa o mercado de revendas de tecnologia de automação, esse número paira quase a totalidade. Entretanto, apesar dessa representatividade, estar na companhia de familiares, não é garantia de sucesso.



Um bom exemplo para essa afi rmação é que apenas 30% das empresas familiares se mantêm no mercado após a primeira transição entre gerações. quando alcançam a terceira geração, o índice não passa dos 5%. A ligação genética e a dinâmica familiar são tão importantes para os resultados estratégicos e gerenciais para empresas familiares quanto à divisão societária e os contratos de sucessão. Para sobreviverem e se manterem lucrativas ao longo do tempo, além da importância de se ter uma gestão profissionalizada administrando centros de poder e separando questões familiares às do negócio, as empresas precisam saber se adaptar ao mercado e se manter atualizada às mudanças que ocorrem a todo o momento.



Um desses conflitos nas pequenas e médias empresas é o gasto em tecnologia, uma conta crescente e cada vez mais complexa, que necessita conhecimento e consenso na identifi cação e busca do retorno sobre o investimento realizado. Um dos receios nestas empresas é que a tecnologia engesse o processo de decisão, comprometendo a flexibilidade e velocidade, visto que a gestão sobre produtividade e controle é muito próxima aos sócios. Além disso, um ambiente tecnológico precisa estar sempre disponível, demandando despesas recorrentes e investimentos frequentes em atualização. Por outro lado, esse pensamento restringe o crescimento do negócio em um ambiente cada vez mais multitarefas, amplia a dependência de pessoas, e não de processos, e cria um ambiente com severas limitações operacionais, em especial, no que se refere à tecnologia de automação, uma área que evoluiu muito com as novas demandas de clientes e recentes exigências do governo.



É claro que no contexto organizacional atual de uma empresa familiar de pequeno porte, para entender como as pessoas se inter-relacionam e enxergam o mundo ao seu redor, tem sido importante verifi car a diferença na forma de agir e pensar das várias gerações que ocupam o mesmo ambiente de trabalho e a diversidade de culturas e de níveis intelectuais. Muitas vezes, o abismo tecnológico entre gerações e sucessores pode ser motivo de conflito  prejudicando o ambiente organizacional, gerando resistências internas e o comprometendo o desempenho da empresa. Trata-se de um grande desafi o integrar gerações inteiramente distintas entre si, dentro de um mesmo ambiente organizacional cada vez mais competitivo e dinâmico. Cada geração apresenta comportamentos e características distintas, dificultando o relacionamento



no ambiente de trabalho e muitas vezes causando atritos difíceis de serem resolvidos. De fato ainda não existem fórmulas mágicas e infalíveis, contudo se observa que usar de flexibilidade e inovação são boas maneiras de criar novos processos para explorar melhor o potencial das empresas familiares. Uma boa forma de lidar com o confl ito é também refi nar a comunicação, conscientizando todos os lados de que contribuições mútuas que podem e devem ser consideradas. As empresas precisam ainda dar acessibilidade aos jovens. Eles atuam totalmente conectados e cada vez mais através de redes sociais. Ampliar o acesso do jovem a estas ferramentas é absolutamente prioritário nos próximos anos.



A sobrevivência de qualquer empresa depende da melhoria nos seus processos internos, de um atendimento mais ágil aos clientes e de um melhor gerenciamento de resultados e informações estratégicas. A melhor solução para que essa empresa cresça é adquirir um alto grau de profissionalização, pelo qual todos os familiares sejam vistos como exemplo pelo trabalho, colocando a empresa em primeiro plano. Ela deve priorizar o interesse sobre o da família, onde o coletivo deve estar acima do individual. Implementar valores e uma mentalidade desenvolvimentista faz com que as pessoas sejam mais flexíveis a variáveis internas e externas, e mantenham um grau de adaptabilidade crucial para a perpetuação



dos negócios, principalmente, no que se refere à tecnologia e suas novas oportunidades.