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Business

O Lado “Bom” da Crise

Samuel Lopes

Publicado em 04/05/2015 às 10:24


Não é segredo para ninguém que estamos passando por uma crise. Mas, atrás, não ouvíamos que tudo tem seu lado positivo? Acredito que seja verdade. Errar todos erram, mas poucos e felizes são os que se utilizam deste erro para trazer aprendizado.



Mais feliz ainda é aquele que, no momento do furacão, tem tranquilidade para se questionar e refletir sobre quais atitudes tomar para virar o jogo. Momento de crise é um momento de se conhecer melhor, de pensar muito e de se ter resiliência.



Antes de sairmos demitindo, cortando treinamentos, investimentos em propaganda e marketing etc., por que não fazer uma reflexão? O que realmente importa? Onde podemos cortar sem interferir nos negócios? O que efetivamente temos que rever para sair de da crise e mais fortalecidos? São perguntas que os empresários devem fazer e refletir a respeito, antes de tomar qualquer medida precipitada.



As respostas para todas estas perguntas podem ser encontradas quando da elaboração de um efetivo planejamento financeiro/estratégico. Analise o passado, o presente e projete o futuro, lembrando que esta projeção tem que ser muito bem desenhada, considerando as dificuldades atuais do mercado e, o mais importante, para a obtenção de melhores resultados é necessário a viabilização de um acompanhamento mensal a partir do qual os gestores poderão ter percepção de suas necessidades para a tomada das melhores decisões possíveis. Qualquer desvio deve ser apontado e discutido. Através destas análises, poderemos identificar onde podemos cortar de forma menos impactante, por exemplo:



Venda de ativos que fogem ao “core business”: Às vezes, as empresas entram em um mercado que possuem pouco conhecimento e acabam gastando recursos onde não têm experiência, e na correria do dia a dia, não param e analisam o resultado da empresa como um todo, muito menos de cada linha de negócio;



• Renegociação de contratos com fornecedores, seguradoras e bancos;



• Maior controle dos gastos administrativos: Temos observado uma redução que gira em torno de 20% em custos administrativos sem alteração do escopo;



• Redesenho dos processos internos e otimizações tecnológicas para que se tornem mais efetivos.



• Planejamento Tributário: as empresas que não fazem planejamento tributário muitas vezes estão sujeitas a pagamentos e a riscos desnecessários.



Estas são apenas algumas das possibilidades, mas o que vale falarmos aqui é realmente a questão do aprendizado. Se hoje, com a crise, estamos conseguindo renegociar contratos, minimizar custos administrativos, redesenhar processos para que se tornem mais efetivos, pagar menos impostos com um planejamento adequado, por que não fazíamos antes?



Por isso, volto a dizer que é importante termos a capacidade de parar e pensar antes de agir em um momento de crise e que, no futuro, passemos a utilizar esse aprendizado a nosso favor.



Estas reduções de custos e controles poderiam gerar receita extra e serem reinvestidas no negócio, via novos produtos ou serviços, treinamento e desenvolvimento de pessoal, bonificações e incentivos, propaganda e Marketing, estrutura interna de melhor qualidade, enfim, no crescimento da empresa e até, por que não, na maior lucratividade dos acionistas?



Pensem Nisso!