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Marketing

O Poder do Hábito

Marco Antonio Pereira

Publicado em 04/02/2013 às 10:33


Acabei de ler um livro chamado “O Poder do Hábito”, de Charles Duhigg. Nele o autor detalha o por que fazemos e o que fazemos na vida pessoal e profissional. Recomendo a leitura!



Baseado em diversos artigos, entrevistas com executivos e cientistas, além de pesquisas em diversas empresas, o autor, repórter do “New York Times” elabora sua tese que mostra a chave para se exercitar regularmente, perder peso, se tornar uma pessoa mais produtiva, criar empresas revolucionárias e ter sucesso baseado em como os hábitos funcionam.



 O autor inicia o livro contando o caso de uma jovem americana que muda sua vida durante uma viagem ao Egito. Ela conta que substituiu o cigarro pela corrida e que depois disto, mudou o jeito de comer, trabalhar, dormir e começou a fazer planos para o futuro dali em diante. Em seguida, começou a correr mini maratonas, depois a própria maratona, voltou a estudar, comprou uma casa e ficou noiva. Os cientistas que a estudaram viram algo notável: conforme os hábitos dela mudavam, seu cérebro também mudara.



O que modificou a vida dela foi parar de fumar, habito conhecido como ”angular” e a partir disto reprogramou as outras rotinas automáticas da sua vida.



 Isto também serve para o mundo corporativo: uma mudança de hábitos.



Segundo William James - um dos fundadores da psicologia moderna e importante filósofo ligado ao Pragmatismo – “toda nossa vida, na medida em que tem forma definida, não é nada além de uma massa de hábitos”, frase de 1.892.



Um outro artigo de um pesquisador da Duke University de 2.006 descobriu que mais de 40% das ações que as pessoas realizavam todos os dias não eram decisões de fato, mas sim hábitos.



 O livro gira em torno de um argumento central: de como os hábitos podem ser mudados, se entendermos como funcionam. Mas é importante lembrar que transformar um hábito não é necessariamente fácil, nem rápido. Nem mesmo simples! Mas é possível!



Quando o autor Charles Duhigg começa a falar sobre os hábitos de organizações bem-sucedidas, cita o caso da ALCOA, quando da chegada do seu novo presidente, Paul O’Neill.



 Paul inicia seu discurso de posse aos acionistas, que estavam preocupados com as últimas investidas da empresa, falando sobre segurança do trabalho. Ninguém entendeu nada, naquela tarde num hotel chique de Manhattan.



Paul continuou falando sobre o tema, deixando os mais conservadores preocupados que chegaram a pensar em se desfazer de suas ações da companhia.



Em menos de um ano após este dia, os lucros da ALCOA atingiram recorde. Quando o executivo se aposentou no ano 2.000, o faturamento da empresa tinha sido multiplicado por cinco.



Além disto, a empresa se tornava uma das mais seguras do mundo. Muitas unidades passaram anos sem nenhum acidente de trabalho. O índice de acidentes da companhia, que na sua chegada era próximo da média do país, caiu para um vigésimo da média nacional.



O’Neill disse numa de suas entrevistas que precisava transformar a empresa, mas que você não pode mandar as pessoas mudarem. Por isto ele resolveu começar por um tema e que esta mudança de hábito depois se alastraria por toda a empresa. Ou seja, alguns hábitos são mais importantes que outros nas empresas e nas pessoas.



 Os hábitos angulares falam que o sucesso não é acertar tudo, mas identificar as prioridades centrais e transformá-las em poderosas alavancas.



Pergunto a todos: qual será o seu hábito angular para mudar sua vida pessoal e fazer sua empresa decolar?



Vale a reflexão!



 



Aventuras de um consumidor não tão misterioso



 



No começo deste ano fui a um restaurante com minha esposa e ao pedirmos o ponto da carne do hambúrguer dela, como “bem passado”, recebemos a informação do garçom de que isto faria com que nosso pedido demorasse.



Não é a primeira vez que recebemos uma informação como esta e fiquei pensando qual seria a melhor forma de falar sobre prazo de entrega a um cliente sem passar a sensação de demora...



O que me parece razoável é falar em tempo de preparo, desde que este tempo não seja parte de uma imensa fila de pedidos!



Ninguém espera que algo que precise ser cozido seja servido de imediato. Nem algo que precise ser construído, ou produzido...



A reflexão de hoje é se estamos atendendo às expectativas dos nossos clientes. Se estamos dizendo que por conta de uma especificação técnica diferenciada o tempo será alterado, devemos dizer aos nossos clientes que o nosso prazo de entrega será “diferente” do normal.



Pense a respeito, pois muitas vezes a forma como dizemos é mais importante do que o prazo em si.



E mais importante ainda é cumprir o prazo prometido!