Opinião
Planejamento estratégico - Web 2.0
Publicado em 02/02/2011 às 00:00Elisa Leitão
As redes sociais estão aí, com força total, modificando dia a dia comportamentos e rompendo conceitos estabelecidos. Conceitos estes, que pareciam ser únicos, eternos e eficientes.
Mas, em seu lugar, aflora uma consciência coletiva e colaborativa que está reposicionando e reestruturando papeis sociais.
Neste novo cenário, encontramos as empresas que irão derrubar suas paredes e abrir suas salas de reuniões para viverem esta nova era de transparência da informação e colaboração entre pessoas, sejam elas denominadas como: clientes, fornecedores, funcionários, etc., que irão impactar o mundo dos negócios.
Até então, as empresas tinham um papel unilateral nas suas relações com os clientes, produziam produtos e serviços, distribuiam e desenvolviam a comunicação. Do outro lado, os clientes compravam – acreditando que estes eram feitos para atender suas reais necessidades e aceitavam o que lhes era imposto pelas indústrias. Agora, os clientes passaram a ter acesso a informação e as pessoas. Ideias e experiências passaram a ser trocadas entre os mesmos. Catálogos e guias de produtos e serviços, gerados pelos departamentos de marketing, perderam espaço para opiniões publicadas nas redes sociais e, as empresas precisarão aprender a administrar estas novas relações onde a opinião externa e colaborativa fará parte das empresas.
Sem dúvida, o fator de sucesso passará a ser a rapidez. A rapidez que as empresas compreendem as necessidades e comportamentos e a forma como se relacionam com as pessoas. Lembrando que o segredo tornou-se obsoleto dando lugar para a gestão da transparência da informação e as respostas eficientes às sugestões dos clientes.
Diante desta realidade, é preciso desenvolver um planejamento estratégico para cuidar da percepção da marca e das relações interpessoais, afim de, manter e fazer os negócios crescerem.
Este movimento começa com a integração dos colaboradores internos para que eles, realmente, se identifiquem com as diretrizes corporativas, fomentando assim, a participação e o monitoramento da marca no mercado pela equipe.
Também é importante saber “com quem a empresa está se relacionando e com quem quer estabelecer relacionamento” para desenvolver um conteúdo adequado às mídias digitais.
Definir o objetivo da comunicação, onde e quando será lançada e planejar como a empresa irá se relacionar com as pessoas que irão interagir com a marca.
Estabelecer uma métrica para análise das ações. Por exemplo: se a comunicação está alinhada e interessante, a probabilidade é que o número e frequência de acessos sejam crescentes. Caso contrário, a ação deverá ser repensada rapidamente.
Estimular a criatividade na comunicação para as mídias digitais é fundamental para o sucesso das ações, porque a maioria da comunicação na web tem conteúdo e textos estáticos que lembram catálogos e outros materiais impressos.
Depois destas reflexões e definições, certamente as empresas irão encontrar as ferramentas adequadas para desenvolverem suas campanhas e relacionamento com sucesso.
Concluindo, é fundamental desenvolver um planejamento estratégico para as mídias sociais, considerando a reputação digital da marca e o impacto que este novo modelo de negócios, causará no mundo corporativo.
Elisa Leitão é publicitária com especialização em marketing e MBA em comércio eletrônico pela ESPM e ITA.
Atuou como gestora de marketing e planejamento estratégico para grandes empresas dos segmentos de informática e eletrônicos.