PartnerSales


Imprimir

Coaching

Raiva

Marcelo Castro

Publicado em 12/07/2018 às 15:34


“A raiva nunca é sem motivo, embora raramente seja por um bom motivo”



                                                                                  Benjamin Franklin



 



Imagine que alguém lhe dá uma fechada no trânsito. Se o seu pensamento é “Que filho da mãe”, isso irá influenciar muito na trajetória da raiva, poderá ser acompanhado de outros sentimentos como o pensamento da indignação e vingança: “Podia ter batido em meu carro! Idiota! Mas isso não vai ficar assim!’ Você simplesmente quer matar quem te fechou.



Então se por uma infelicidade, neste momento, alguém que está no carro atrás de você pressiona a buzina porque você reduziu a velocidade, você pode explodir de raiva com o outro motorista também. É desta forma que se formam a hipertensão, a direção perigosa e até mesmo as agressões no trânsito.



A cadeia de pensamentos furiosos que alimenta a raiva é também, potencialmente, a chave para uma das mais poderosas maneiras de desarmá-la: logo de cara é preciso minar as convicções que a abastecem. Quanto mais ruminarmos sobre o que nos deixou com raiva, mais “bons motivos” e justificativas podemos inventar para ficarmos com raiva. A ruminação alimenta as chamas da raiva. Ver as coisas de forma diferente extingue essas chamas. É possível sim, através de nossa decisão de nos policiarmos de reavaliarmos uma situação e esta é uma das formas mais potentes de aplacar a raiva.



No exemplo de ser fechado por outra pessoa, compare essa sequência de acumulo de raiva com uma linha mais branda de pensamento em relação ao outro motorista. “Talvez não tenha me visto, talvez esteja aprendendo ainda, talvez seja uma emergência médica”. Essa linha de possibilidade tempera a raiva com mais piedade, ou pelo menos com a mente aberta, que poderá impedir que a emoção da raiva cresça.



A raiva é uma condição física, gerada, através de estímulos que ocorrem em nossa mente. Quando somos provocados ou ligeiramente irritados por alguma outra coisa. Uma pessoa que teve um dia difícil no trabalho fica especialmente propensa a ficar furiosa mais tarde em casa com alguma coisa – as crianças fazendo barulho por exemplo, o que em outras circunstâncias não seria suficientemente forte para provocar uma explosão de raiva.



A raiva se alimenta de raiva; saiba que seu cérebro emocional esquenta. Se a raiva não for administrada pela razão, facilmente explode em violência seja física ou verbal.



O filósofo Aristóteles nos diz,



“Qualquer um pode ficar com raiva, isso é fácil. Mas ficar com raiva da pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa – não é fácil”



Pense claramente se a razão de você ficar com raiva não é por um acumulo de sentimentos. Se tudo o que você acumula para sua mente, quais são pensamentos de coisas que verdadeiramente você pode controlar e aquilo que não está no seu controle, que só lhe está trazendo frustrações. Como pensar demais na crise do país, na corrupção, nas coisas que ao seu modo de ver na empresa estão erradas.



Não fique ruminando coisas que não estão no seu controle, isso ajudará a esfriar sua mente, lhe permitindo dar foco naquilo que realmente você pode controlar e desta forma ajudar a ficar mais calmo.