Por Alexandre Gomes, gerente de Canais da Reis Office

São nos momentos de incertezas e dificuldades que encontramos as oportunidades e as chances de mudança. No atual sistema global, a crise econômica sempre estará presente de alguma maneira, mas é com base nela que há avanços na tecnologia e no desenvolvimento de novas soluções e mercados. É quando conseguimos olhar para o que estamos fazendo e refletir se está correto ou não o rumo a ser seguido.

Cenário político brasileiro à parte, estamos passando por um momento delicado de nossa história. Nossa economia caminha para uma continuidade que vem desde o final da década de 90, sem previsão de grande crescimento, mas também sem surpresas desagradáveis, como na era Collor.

Nesta realidade, o mercado de distribuição de tecnologia tem uma característica interessante, porque independentemente da situação econômica, tem que se adaptar a mudanças bruscas cada vez que um produto ou tecnologia novos chegam ao mercado.

Com outsourcing de impressão é igual. O papel é um recurso que cada vez mais as empresas querem eliminar, e existe uma discussão filosófica sobre “Paperless Society” ou “Less Paper Society” (algo como “Sociedade Sem Papel” ou “Sociedade com Menos Papel”). Basta se atentar aos contadores dos scanners e multifuncionais instalados nas empresas, que aumentam de tamanho a cada geração, com medidores de scanner chegando a ser maiores que os de impressão.

A grande pergunta é: “Como ganhar dinheiro com digitalização?” Cobrar pela captura de imagens é algo delicado. Todo o mercado entrega a digitalização da multifuncional gratuitamente, por se tratar de uma característica padrão do equipamento. A alternativa, então é dar inteligência ao documento digitalizado.

Enviar uma folha digitalizada para uma pasta ou e-mail é gratuito. Mas e um documento digital que já traz informações de data, hora, aprovação, carimbado automaticamente e armazenado em uma nuvem de acesso controlado? E que pode ser programado para ser descartado após o período em que a legislação permite? São funcionalidades que dão inteligência a todos os arquivos, e que representam um caminho repleto de oportunidades.

A função do distribuidor é fazer com que a mensagem de cada fabricante realmente chegue ao consumidor final. 2015 é o ano de fazer com que os revendedores e parceiros sejam ainda mais valorizados e prosperem neste mercado, a partir de ofertas de produtos, mas, muito mais que isso, de treinamentos técnicos e comerciais, webinars.

As revendas procuram cada vez mais por fornecedores que contem com uma equipe de consultores altamente qualificada, produtos e soluções que se integrem nas necessidades de cada cliente, criando uma referência e cumplicidade entre distribuidor e revendedor, que acaba sendo repassada ao consumidor final.

O objetivo é trabalhar em conjunto com o revendedor, ajudando ele a desenvolver estes mercados e tecnologias, utilizando recursos do distribuidor. É o momento de, mais do que nunca, unir as forças e usar um discurso que o cliente quer ouvir, e não apenas o já batido “custo por página mais barato do mercado”.