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Em Pauta

Simples e Rápido

Marcelo Medeiros

Publicado em 31/10/2011 às 13:28


O  mundo pede agilidade. A grande maioria dos dilemas que invadem nosso espaço aéreo implorando por uma decisão, necessita de rapidez. E em muitos casos este ingrediente é tão ou mais importante do que inteligência sofisticada. Se você demora muito para tomar a maioria das decisões de seu ofício, pense um pouco: você pode estar escolhendo o caminho mais longo para chegar à solução do problema. Como contraponto, a minoria das decisões que são complexas exigirá um tempo razoavelmente longo em virtude das inúmeras variáveis a serem consideradas. Na teoria, o tempo economizado com as decisões rápidas nos proporciona espaço para demorar mais nas complexas. No entanto, esta convicção não chega com a mesma rapidez à cabeça do executivo. Em vários casos, mais de uma década de experiência é necessária para que o gerente adote o estilo “real time”. 



 



Com base nesta filosofia de vida corporativa, que também pode ser aplicada a sua própria empresa no caso do leitor empreendedor, várias outras relações podem ser ajustadas ao mesmo princípio. Começando pelos clientes: tratá-los com simplicidade e objetividade é prudente e na maioria das vezes, muito produtivo. Buscar soluções rápidas e simples para seus problemas de negócio é outro objetivo que devemos manter presente. E quando a única solução possível for complexa e lenta, explicá-la da forma mais simples possível sempre ajudará no fechamento do negócio e também no gerenciamento das expectativas do cliente, no decorrer do projeto. Ao falar sobre os clientes, entramos no assunto que permeia essa filosofia: a comunicação da empresa com o mundo deve ser feita de forma muito objetiva – e no tempo certo. Lembrar que “o combinado não sai caro” é uma forma simples de utilizar uma filosofia igualmente simples de interação profissional. Aliás, muito válida também para a vida pessoal.



 



 



Já que falamos do relacionamento externo, não podemos deixar de abordar a simplicidade e a rapidez com que devemos agir nas questões internas. Tratar nossos colaboradores com uma boa dose de comunicação (lembre-se: os meios de comunicação atuais já não exigem grandes investimentos de tempo para que a mensagem chegue ao destinatário), com objetividade e principalmente, oferecendo feedbacks imediatos, costuma ser uma receita bem sucedida. E aqui chegamos a um ponto delicado na vida de um executivo: dar feedbacks de melhoria. Muitos não se sentem confortáveis ao fazê-lo e preferem empurrar esta tarefa mais para frente na esperança que o colaborador perceba por si mesmo que errou. Outros guardam feedbacks na gaveta acreditando que o melhor momento para falar do assunto é na avaliação anual de desempenho, que ainda está a vários meses de distância. Em ambas as situações, perdem todos. O gerente perde porque não conseguirá reproduzir os feedbacks com a mesma precisão do momento em que o fato aconteceu; perde o colaborador porque continuava acreditando estar no caminho certo e só descobre o equívoco muito mais tarde; e finalmente perde a empresa porque não obteve do colaborador – e de seu gestor! – a qualidade de serviço pela qual paga todo o mês em forma de salário.



 



Enfim: com raríssimas exceções, problemas não se resolvem sozinhos à medida que passa o tempo, principalmente quando os ignoramos. Nossas relações com clientes e colaboradores também andam pelo mesmo caminho. Portanto, se você escolheu ser líder, enfrente imediatamente os problemas internos ou externos e utilize muita simplicidade e sinceridade na forma de comunicação. Garanto que muitas vezes você vai se surpreender com os resultados positivos. E falando nisso, que novembro lhe traga muitos destes.