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Em Pauta

Smart é você, não o phone

Marcelo Medeiros

Publicado em 06/09/2011 às 11:08


Números superlativos motivam nossa conversa deste mês: o mercado de smartphones cresceu 80% no primeiro trimestre de 2011, registrando uma marca histórica de quase 27% destes dispositivos nas vendas totais de telefones celulares pelo mundo afora, de acordo com estudos do IDC. A consultoria ainda afirma que o crescimento total de smartphones em 2011 deverá ser de 55% contra o ano passado. E os números do primeiro trimestre poderiam ser melhores, não fosse a catástrofe que inundou o Japão depois do tsunami de março, que ocasionou limitações de suprimento em algumas partes da cadeia de valor dos smartphones.



 



A popularização dos preços dos aparelhos, com importante subsídio das operadoras, a queda de preços nos pacotes de dados e também a consistente oferta do Google Android são alguns dos fatores que motivaram este desempenho. E falando em Google, a decisão de adquirir a Motorola Mobility mostra a excelente oportunidade deste segmento, aplaudida até pelos futuros concorrentes que investiram no desenvolvimento de smartphones rodando Android. É isso mesmo: Samsung, HTC, LG, Asus, Sony Ericsson e ZTE são alguns dos fabricantes cujos CEOs manifestaram apoio à demonstração do Google de compromisso com o sistema operacional. No ranking geral de smartphones, Nokia em retração, Apple em crescimento e RIM também em queda, perdendo espaço para os dispositivos com Android, todos seguidos por um fabuloso crescimento de três dígitos da Samsung, são os quatro líderes do mercado mundial no período de janeiro a março de 2011.



 



Diante de todo este potencial, destaca-se uma grande oportunidade para a comunidade de desenvolvedores e revendedores de aplicativos – talvez também para as distribuidoras: este ecossistema já demanda soluções para tornar tais aparelhos ainda mais inteligentes, fazendo a felicidade de fabricantes, usuários e principalmente das operadoras de telefonia celular, ávidas que estão pelo aumento da demanda no tráfego de dados, ainda pequena diante do potencial. Ainda que já existam vários aplicativos disponíveis para smartphones, a maioria está muito focada em ferramentas de produtividade pessoal, deixando um espaço enorme para desenvolvimento de soluções simples, que ao mesmo tempo serão idolatradas pelas pequenas e médias empresas. Aplicativos como gerenciamento de formulários para coleta de dados diretamente no smartphone serão muito bem-vindos - qual empresa, seja pequena, média ou grande, não tem vendedores em trânsito durante todo o dia e precisa tomar pedidos, consultar estoque e analisar a performance de vendas? E se um aplicativo como esses tiver integração total com o back-end do cliente? Ou permitir conexão com serviços de cloud computing de maneira a automatizar a gestão de negócios da empresa? E assim vamos adiante, com um nível de sofisticação que não termina nunca.



 



Aliás, o fascínio desta oportunidade tem vários elementos que não se pode desprezar: a convergência telecom e TI cada vez mais intrusiva em nossas vidas; a oportunidade de massificar o alcance de soluções, atendendo indivíduos e empresas através de marketplaces potencializados pelas operadoras de celulares, que hoje têm quase mais clientes que habitantes no país (tudo bem, exagerei um pouco, mas quem não quer um sócio com esta granularidade?)



 



E para finalizar, não esqueça: smart é você, que fará a diferença neste mercado seja como inovador, desenvolvedor ou revendedor dos insumos tecnológicos que esta onda requer. Não o phone. Por isso, dê uma olhada mais de perto neste assunto. Tenho certeza que você encontrará oportunidades de fazer excelentes negócios, seja revendedor ou distribuidor de TI ou telecom. Feliz setembro!