“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”

Antoine Lavoisier

Hoje em dia, no nosso tempo, a sustentabilidade e sua relação com nosso cotidiano de vida e nas relações de negócios, tomou um vulto que impressiona, mas temos que saber adequar o que é mito ou realidade neste campo de atuação, e se de fato – por detrás de todo o discurso da mídia e da sociedade – os resultados são concretos e factíveis ou pura especulação. 

A boa notícia? Sim! Em termos de aplicação, a questão das tecnologias verdes são reais e cada vez mais passarão a ser parte de nosso cotidiano. 

Carregadores movidos a energia solar, o famoso case da Nokia (eleita recentemente pelo Greenpeace como uma organização com alta preocupação ecológica em tudo o que faz) e seu celular que avisa que pode ser tirado da tomada, economizando energia. Ou o recém-lançado Motorola W233 ECO, que tem 25% do seu corpo de design construído de garrafa PET,  sendo o primeiro celular do mundo a ganhar o selo ´livre de carbono´. E mais: o carbono emitido ainda na fabricação possui o compromisso da empresa de ser revertido em bela ação ambiental/social: um programa de tratamento de água em uma cidade de Santa Catarina. 

Agora, em seguida, como tudo na vida, os dois lados. A notícia não tão boa? 

Muita gente não sabe por onde começar e muitas empresas ainda não definiram uma clara estratégia de incorporar o conceito da sustentabilidade no seu escopo, isto é, no dia a dia da cultura da empresa ou até mesmo criando um conceito expressivo na marca, tangível no produto, para uma saudável percepção do consumidor – o sujeito que decide tudo e, portanto, nosso alvo. 

O mercado gosta de jargões e na área de tecnologia, isto é uma realidade também.  Sustentabilidade, como escuto e leio, deve ser um conceito de ´P a P´, ou seja, do presidente ao porteiro, do porteiro ao presidente, todos devem respirar isto. 

Teremos, portanto, de separar o belo discurso comovente da economia e tecnologia verde e colocar na pauta do dia e foco: a verdadeira prática efetiva, capaz de agregar valor ao produto, de transformar a consciência das lideranças das organizações de tecnologia em pensar diferente para um consumidor mais atento as questões globais e sustentáveis. E ainda pensar em lucratividade. Convenhamos, uma tarefa não muito simples, mas ninguém pode dizer que não estimulante e desafiante.