O avanço dos sistemas eletrônicos de segurança no Brasil apresenta novos ganhos aos canais
Dados da ABESE apontaram que o setor de segurança eletrônica registrou um crescimento no faturamento de cerca de 20% em 2023. O índice é o resultado da renovação de produtos já implantados em projetos antigos e da atualização tecnológica devido à implementação da inteligência artificial e do 5G em todo Brasil

É notório observar a importância do emprego das  soluções de videomonitoramento para a sociedade moderna mediante a falta de segurança que se instalou no país,  nos últimos anos.  

Parte integrante do nosso dia a dia, os sistemas de vigilância eletrônica ajudam a inibir as ações criminosas e identificar inúmeras infrações trazendo assim uma maior proteção a população. 

Tais ferramentas representam de forma clara e imediata um avanço dos novos tempos e por que não dizer uma resposta imediata ao que definimos como Smart Cities, ou seja, cidades inteligentes, em um mundo em constante transformação. 

Não dá para imaginar a jornada digital das regiões brasileiras sem um olhar atento a segurança, um exemplo disso é que no final do ano passado,  saiu o ranking Connected Smart Cities que define quais são as cidades mais inteligentes do país. Entre as 100 localidades que estão no topo, nomes como Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Niterói (RJ) ocuparam as primeiras posições, o levantamento, realizado pela Urban Systems em parceria com a Necta, se baseou em dados de 656 municípios com mais de 50 mil habitantes (segundo o censo do IBGE 2022) e levou em conta 74 indicadores como: energia, mobilidade, meio ambiente, tecnologia, inovação e um dos principais a segurança eletrônica.  

Como bem sabemos, as cidades inteligentes utilizam recursos inovadores como sensores, redes de comunicação de alta velocidade, soluções de Inteligência Artificial e a Internet das Coisas (IoT) para coletar e analisar dados em tempo real.  E um dos aspectos mais importantes para o êxito dos territórios inovadores brasileiros é a segurança, no que se refere ao monitoramento eficiente das  rodovias, avenidas, ruas, empresas, indústrias e os lares brasileiros. 


O potencial de negócios no segmento de videomonitoramento traz lucro para a revenda especializada 

 Estudo recente realizado pela ABESE, associação brasileira das empresas de sistemas eletrônicos de segurança, apresentou um rico panorama de  diferentes segmentos da Segurança Eletrônica como indústria, distribuidoras, desenvolvedores de software, prestação de serviços de instalação, manutenção, videomonitoramento 24hs e prestação de serviços de portaria remota que estão fomentando as vendas no Brasil. Dentre as categorias, a que apresentou maior taxa de crescimento médio nos últimos dois anos foi a indústria, com 22% de crescimento no faturamento, superando o resultado geral do mercado.  

O que observamos é que o setor traz ganhos reais para as fabricantes e distribuidoras, que apostam neste nicho então,  você, revenda,  invista no portfólio de soluções de videomonitoramento para aumentar o seu lucro neste setor que está em franca ascensão. 


A conquista dos clientes na jornada digital das cidades 


Nos últimos anos, as empresas têm investido em tecnologias inovadoras para fisgar os clientes, a TP-Link, por exemplo, oferta duas linhas de videomonitoramento: Tapo para soluções residenciais e a linha VIGI para redes corporativas  CFTV (circuito fechado de televisão). “Ambos os segmentos tem um enorme potencial já que a demanda por segurança – seja a implementação ou atualização de um sistema de vigilância – se tornou algo essencial nos dias de hoje. As principais vantagens da linha Tapo são:  fácil instalação, através do aplicativo Tapo; custo mais baixo que  as câmeras corporativas; compatibilidade com assistentes virtuais e possibilidade de gravação em nuvem através da assinatura Tapo Care. Outros pontos que devem ser observados são a  chegada da tecnologia 5G e a promessa de uma alta velocidade de transmissão de dados e o crescimento do conceito de internet das coisas (Internet of Things — IoT) que está se tornando uma realidade em todos os setores da vida moderna. Já a Linha VIGI da marca é indicada para empresas e áreas públicas,   abrindo uma série de possibilidades de projetos de segurança tanto para companhias privadas quanto para áreas públicas através de licitações governamentais”, avalia Marcelo Oliveira, diretor comercial de Vendas Corporativas, da TP-Link. 

Ronney Amorim, gerente de Produtos da Hikvision,   revela que o mercado de CFTV  no Brasil é um dos mais promissores do mundo, tendo em vista a alta demanda por equipamentos de videomonitoramento integrados a sistemas de alarmes e controle de acessos. “Segundo estudos realizados por associações de classe do segmento, pouco mais de 5% desse mercado foi explorado desde a sua popularização, em meados do final dos anos 90. Desde então, o mercado de segurança eletrônica vem crescendo dois dígitos ano após ano, mostrando o seu grande potencial e atraindo cada vez mais fornecedoras de soluções tecnológicas ao nosso país. Estamos estabelecidos no Brasil desde 2013. Temos acompanhado esse crescimento em ritmo acelerado, oferecendo soluções diversificadas e específicas para cada tipo de necessidade, desde um simples projeto residencial com o uso de câmeras de fácil instalação e conexão com a internet, até sofisticados projetos robustos, como aeroportos e cidades inteligentes que empregam o uso de inteligência artificial com algoritmos complexos”, conta o executivo. 

Essa também é a visão de Bruno Rigatieri, diretor comercial da WDC Networks, sobre o segmento de CFTV. “O avanço tecnológico que, além das câmeras, inclui as análises de vídeo inteligente, armazenamento em nuvem e a possibilidade de integração com outros dispositivos, permite afirmar que um sistema de CFTV funciona não só como um dispositivo para fornecer e gravar imagens, mas também como uma ferramenta extremamente eficaz na prevenção de incidentes. Devido ao aumento de demanda, a oferta também vem aumentando consideravelmente, e com isso, a disponibilidade de soluções de CFTV a preços competitivos vêm difundindo o setor de videomonitoramento e dando oportunidades a quase todos que queiram ter um sistema de segurança inteligente”,  diz o executivo.   

Para José Ricardo Tobias, diretor de IoT da Positivo Tecnologia e responsável pela PositivoSEG,  o segmento de soluções de videomonitoramento atravessa uma fase de crescimento constante e consistente.  “Ao mesmo passo que o mercado demanda novas soluções e a penetração dessas  ferramentas aumenta, os consumidores finais, sejam pessoas físicas ou jurídicas, estão cada vez mais cientes da necessidade de bons sistemas e soluções de vigilância. Atualmente,  nota-se uma migração cada vez maior para soluções digitais, baseada em câmeras e gravadores digitais e comunicação IP, cujo custo se aproxima cada vez mais das tradicionais soluções analógicas – e o canal também está cada vez mais bem preparado e confiante para entregar bons projetos com base em soluções IP. Além disso, sistemas  baseados em nuvem  e aplicação de camadas de IA - seja nas próprias câmeras, gravadores, ou em soluções baseadas na nuvem - representam macrotendências que também estão se consolidando fortemente no segmento e gerando novas oportunidades de valor agregado para o parceiro”, compartilha o executivo. 

Por sua vez, Glaucio Silva, gerente nacional de Vendas para o Brasil da Axis Communications, relata que a tecnologia tem avançado a uma velocidade sem precedentes. “A imagem tem se tornado uma aliada na tomada de decisões. Então, muitas câmeras hoje já entregam inteligência analítica, e ajudam de fato a melhorar processos e a aumentar a segurança.  Ao falarmos de inovação, temos a inteligência artificial, através dessa tecnologia com os recursos presentes nos equipamentos, é possível, por exemplo, no varejo identificar quais são as áreas de maior visitação dentro da loja, tempo de espera de atendimento, identificação de gênero, justamente para que o setor direcione campanhas. A Axis oferece cursos e treinamentos para ajudar as integradoras a se tornarem consultoras e disponibilizarem soluções personalizadas para cada cliente.  Nosso ecossistema permite a integração de diferentes tecnologias, como câmeras, radares e controle de acesso, oferecendo oportunidades de vendas para o canal. A inteligência artificial pode beneficiar áreas como marketing e T.I. ”, agrega o executivo. 

Esta também é a análise de Severino Sanches, CEO da Agora Tecnologia. “Entendemos que o segmento de soluções de videomonitoramento e segurança eletrônica são extremamente promissores. Vivemos em um contexto em que a segurança é uma prioridade crescente para empresas, organizações, governos e pessoas, impulsionando a demanda por sistemas avançados de videovigilância. A convergência de tecnologias como inteligência artificial, análise de dados e automação tem transformado o videomonitoramento em uma ferramenta estratégica não apenas para a segurança, mas também para otimização de processos e tomada de decisões. Com as soluções oferecidas por parceiros como Assa Abloy, Digifort, Hikvision, Holowits, ISS e Positivo, estamos bem posicionados para atender a essa demanda diversificada e em constante evolução”, compartilha o dirigente.  


O boom das vendas dos equipamentos de segurança eletrônica retrata distintas estratégias das corporações no mercado brasileiro

Com as vendas em ritmo acelerado, reflexo do bom momento do segmento, os grandes players investem no desenvolvimento de soluções inteligentes e serviços exclusivos. “Muitas fabricantes tendem a lançar novos modelos regularmente para acompanhar os avanços tecnológicos, atender a demandas específicas do mercado e manter a competitividade.  A WDC oferta, além dos produtos com tecnologia de ponta, o modelo de negócios TaaS (Technology as a Service) que já vem beneficiando e tornando possível muitos negócios nas mais diversas verticais atendidas. Ele consiste, basicamente, em um modelo de locação de produtos com contratos que podem chegar a 60 meses e, ao final do contrato, o contratante tem a possibilidade de ficar com os produtos”, compartilha Bruno Rigatieri, da WDC Networks, acrescentando que a WDC possui um calendário de atividades de treinamento e capacitação em seu website tanto para atividades presenciais quanto remotas. Silva, da Axis, acrescenta que a aposta da corporação está nas câmeras corporais. “A empresa vem apresentando um crescimento constante de dois dígitos, em um mercado extremamente competitivo como o nosso, com diversas marcas, produtos e distintas qualidades de soluções sendo comercializadas. Os nossos próximos lançamentos se referem as soluções de câmeras corporais,  com  novos modelos,  como o próprio nome diz, são câmeras acopladas ao corpo de um vigilante, policial ou de um atendente de uma loja, por exemplo, essas câmeras visam uma proteção 360º, proteção para quem está sendo gravado e, também para quem está filmando essas imagens. Tais dispositivos estão sendo cada vez mais utilizados em diferentes áreas, como forças policiais, shoppings, comércios e hospitais”, conta o executivo, ressaltando que a Axis possui programas de treinamentos bem renomados, afinal a  base do sucesso da  corporação é a educação.  

Quem também espera que os índices continuem positivos nas transações comerciais dos dispositivos de videomonitoramento em 2024 é a Agora Tecnologia. “Nos últimos 12 meses as vendas cresceram 160%. Essas vendas robustas refletem a crescente conscientização sobre segurança e a busca por soluções mais avançadas. Estamos constantemente monitorando as tendências do mercado e buscando aprimorar nosso portfólio. Prevemos lançamentos nos próximos meses, alinhados às demandas emergentes, como integração de inteligência artificial, análise de comportamento e soluções escaláveis para diferentes setores, integração do 5G e energia solar nas câmeras.  Além disso, investimos fortemente em programas de treinamento e capacitação para nossos parceiros. Compreendemos a importância de garantir que nossos canais  estejam completamente habilitados para oferecer suporte técnico e consultivo aos clientes”, diz Sanches, da Agora Tecnologia. 

A TP-Link conta com suporte técnico localizado no Brasil e produtos com até 5 anos de garantia. “Temos um programa de canais que oferece benefícios exclusivos para os parceiros. Quando falamos do nosso portfólio, a  Linha Tapo está crescendo desde seu lançamento. Hoje conta com duas câmeras internas e três modelos externos, sendo um deles com visão noturna colorida (Tapo C320WS). Já na linha VIGI temos planos de expandir em 2024, com novos modelos de câmeras e NVRs. O principal atrativo é oferecer a clientes corporativos uma solução de vigilância 100% integrada com as soluções de conectividade TP-Link OMADA. A demanda não apenas por segurança, mas também pela necessidade de monitorar pets, crianças e idosos de qualquer lugar é o principal argumento de vendas da linha Tapo”, pontua Oliveira, da TP-Link.  

Tobias, da PositivoSEG, revela que a empresa está empenhada  em entregar a melhor experiência de compra fim a fim ao canal/revenda/integradora. “Para isso contamos com a plataforma Parceiro PositivoSEG  - nosso forte e consistente programa de relacionamento e benefício para canais parceiros, além de investir  em um portfólio robusto, completo e inovador. Estamos tendo um registro de forte crescimento em nossas vendas mês a mês. Lançamos nossa unidade de negócio PositivoSEG  em 2023  e estamos extremamente animados, teremos novidades para nossos canais e parceiros nos próximos meses. Temos uma agenda de treinamentos constantes presenciais em nossas distribuidoras oficiais, além de catálogo e trilhas completas de conhecimento também disponível online para participantes do Programa Parceiro PositivoSEG”,  compartilha o executivo. 

Em suma, para atender o segmento de videomonitoramento é preciso conhecer em detalhes quais são as soluções tecnológicas que fazem parte do escopo de trabalho dos grandes players, para ofertar a solução ideal que se encaixa no orçamento dos clientes, terá êxito o parceiro que investir em conhecimento e novas tecnologias, afinal na onda digital a especialização é sinônimo de sucesso garantido ao ecossistema de canais.